31 de agosto de 2017

Sem mexer um centímetro na política nuclear

Foto: Site BBC/AFP
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A Coreia do Norte defendeu nesta terça-feira (29) o direito à autodefesa e afirmou que continuará com a sua política de "dissuasão nuclear", horas após lançar um míssil que passou acima do Japão, em um ato que foi rapidamente condenado pela comunidade internacional. As informações são da EFE.
"Temos razão de responder com medidas duras no exercício do nosso direito à autodefesa e os Estados Unidos serão inteiramente responsáveis pelas consequências", disse o embaixador norte-coreano perante a Conferência de Desarmamento, Han Tae-song.
O míssil balístico disparado pela Coreia do Norte sobrevoou a ilha de Hokkaido, no norte do arquipélago japonês, e caiu em águas do Oceano Pacífico, a cerca de 1.180 quilômetros da costa japonesa, segundo informações oficiais de Tóquio.
De acordo com Han Tae-song, a tensão nuclear na Península da Coreia "é o resultado da política hostil dos EUA e do aumento da corrida nuclear contra a Coreia do Norte, que não teve outra alternativa a não ser fortalecer a sua dissuasão nuclear para enfrentar esta ameaça",
O diplomata afirmou que as manobras militares anuais realizadas pelos Estados Unidos e Coreia do Sul "são uma preparação para a guerra e para um ataque preventivo contra o país".
Han Tae-song acusou o Conselho de Segurança da ONU de ter ignorado os pedidos do governo norte-coreano para discutir essas manobras e para que ameace os dois países.
O representante da Coreia do Norte insistiu que qualquer ação de seu país será "em defesa própria, da soberania e do direito a existir".
"Os exercícios militares conjuntos de EUA e Coreia do Sul geram tensão na península e fazem caso omisso às advertências da Coreia do Norte, em um ato fanático que põe mais lenha na fogueira", sustentou o representante de Pyongyang.

ONU alerta: “A Coreia será incinerada em questão de horas. Contagem de corpos será de dezenas de milhões”




John Hallam, especialista em desarmamento nuclear da ONU, alertou que o mundo deve evitar, a todo custo, um conflito nuclear

“A Coréia do Norte pode ser literalmente ‘incinerada’ e o número de mortos pode chegar a dezenas de milhões”, alertou.
Hallam disse que há preocupações de que Donald Trump tome a iniciativa e ataque as instalações de testes nucleares da Coréia do Norte, o que teria conseqüências devastadoras.
“Qualquer ação de bombardeio direto contra a Coréia do Norte deve ser evitada […] A RPDC (República Democrática Popular da Coréia) não tem condições de vencer um conflito com os EUA – embora acredito que poderia ser um confronto nivelado até certo tempo”, disse ele ao site news.com.au.
O especialista destacou que, se Kim Jon-un lançar seus mísseis nucleares de forma exitosa e precisa, diferentemente de explodi-los no lançamento, as ogivas seriam do tamanho das bombas de Hiroshima:
“Os EUA dificilmente serão atingidos (os americanos têm tecnologia para interceptar esses mísseis no ar), mas cidades como Xangai, Pequim ou Tóquio acumularão uma perda de 100 a 500 mil vidas, dependendo das características de fusão da ogiva. A Coreia do Sul terá grande parte de seu território e de sua população dizimados”.
Um gigantesco conflito envolvendo as superpotências do mundo ameaça não só as civilizações, mas todos os “seres humanos como uma espécie inteira”:
“Trump deve usar o serviço de inteligência e se aliar a outros países como China e Rússia. O ditador norte-coreano deve ser capturado assim como aconteceu com Saddam […] mas não através de um conflito que poderá matar milhões de pessoas inocentes.”
John acredita que uma guerra terá conseqüências imprevisíveis para a vida. Ele voltou a destacar:
“O pior da guerra seria o grande número de mortos quando a Coréia do Norte for destruída. Certamente o país será incinerado pelos EUA ou até mesmo pela China […] A Coreia do Sul também pagará pela inconsequência de Kim Jon-un”

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