2 de maio de 2016

Síria é cortada da Internet mundial com intensificação da guerra civil


terça-feira, 7 de maio de 2013 22:04 BRT
 

Por Joseph Menn e Alina Selyukh
SAN FRANCISCO/WASHINGTON, 7 Mai (Reuters) - As conexões de Internet entre a Síria e o mundo foram cortadas nesta terça-feira, de acordo com dados do Google e de outras empresas globais de Internet.
As páginas do Relatório de Transparência do Google mostraram que o tráfego para páginas de serviços do Google naquele país, envolvido em uma guerra civil há mais de dois anos, parou de repente pouco antes das 16h (horário de Brasília). Relatórios de tráfego do Google continuaram mostrando nenhuma atividade cerca de quatro horas após o corte.
"Vimos isso duas vezes antes", disse a gerente-sênior do Google para questões de livre expressão, Christine Chen. "Isso aconteceu na Síria em novembro e no Egito durante a Primavera Árabe".
É praticamente impossível determinar definitivamente a causa de tais interrupções a menos que alguém reivindique a responsabilidade, segundo especialistas. No passado, o governo da Síria e os rebeldes que lutam para derrubá-lo se acusaram mutualmente pela interrupção.
Os dados do Google mostraram interrupções de tráfego limitado à Síria, abrangendo todo o país. Privar uma nação inteira da Internet é possível porque os endereços IP, conexões individuais estabelecidas por cada dispositivo, são geograficamente específicos e o governo tem o controle sobre os prestadores de serviços de Internet no país.
"Efetivamente, o desligamento desconecta a Síria da comunicação via Internet com o resto do mundo. Ainda não está claro se a comunicação de Internet dentro da Síria ainda está disponível", escreveu o diretor de tecnologia da empresa de serviços de infraestrutura OpenDNS, Dan Hubbard.
"Embora ainda não possa comentar sobre o que causou esta falha, os incidentes do passado estavam ligados tanto a interrupções ordenadas pelo governo como danos à infraestrutura, incluindo corte de fibra e queda de energia."
Nem o embaixador da Síria para os Estados Unidos, nem o enviado do país à Organização das Nações Unidas (ONU) puderam ser contatados para comentar o assunto.
O Centro para Democracia e Tecnologia condenou em dezembro o desligamento anterior da rede na Síria, classificando de "violação indefensável dos direitos humanos" e de uma "interrupção perigosa e desesperada do livre fluxo de informações."
(Reportagem adicional de Louis Charbonneau, em Nova York)

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