Morte no Rio em favela ocupada pelo exército do Brasil desencadeia protestos
EFE
O primeiro morto em uma ação militar em um
complexo de favela do Rio de Janeiro conhecida como Mare, que foi
ocupada na semana passada pelo exército, provocou protestos por
moradores que disseram que a vítima era um trabalhador sem vínculo com
qualquer dos grupos criminosos.
Após o incidente, centenas de moradores da
Maré saíram em protesto neste complexo de bairros pobres, com uma
população de cerca de 130.000 pessoas, e tentaram bloquear duas vias que
se cruzam, mas foram parados pela polícia, disseram autoridades.
De acordo com
a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, a
vítima, 20 anos, morreu na manhã deste sábado em um suposto tiroteio com
soldados depois que ele supostamente desobedecido suas ordens para
parar.
O tiroteio ocorreu na Vila dos
Pinheiros, uma das favelas, ou "favelas", entre estes bairros pobres da
zona norte do Rio de Janeiro, que foram ocupadas exatamente uma semana
atrás por 2.700 soldados em uma operação destinada a expulsar
permanentemente as gangues de homens armados que dominaram a região de
décadas.
Até agora, nenhuma morte foi relatada em Maré já que a região começou a ser patrulhada pelo Exército e fuzileiros navais.
Apesar da versão
oficial de que a morte ocorreu em um tiroteio com pistoleiros, os
habitantes locais disseram que a vítima era empregado de uma lavagem de
carro e foi morto a tiros quando ele estava aparecendo para o trabalho.
O
complexo da Maré, formado por 15 favelas, era considerada o último bastião
importante do tráfico de drogas no Rio de Janeiro até duas semanas
atrás, quando 1.200 policiais liderados pelo Batalhão de Operações
Especiais, ou BOPE, e apoiados por 21 carros blindados militares,
ocupadas essas favelas.
Uma semana depois, soldados do exército substituído a polícia. EFE
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